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Manta de Retalhos

22 Novembro 2017

Durante quatro dias, enquanto as agulhas abriam caminho para as linhas unirem retalhos, uma manta muito especial ganhava vida. No âmbito do 16.º aniversário do Centro das Artes e do Espectáculo (CAESV), decorreu uma oficina criativa que recriou os serões de antigamente, em que histórias eram partilhadas entre farrapos e dedais.

 

“O que é para si uma manta de retalhos?”. Era esse o desafio proposto pelo exercício criativo. Sonho, infância, conforto. Os significados variavam consoante a vivência de cada uma das mulheres que participou na ação. Com a resposta no dedal, costuraram uma nova história. As palavras ganharam vida com a ajuda dos retalhos que trouxeram, carregados de afeto. E assim criaram algo novo, a partir das memórias já existentes.

 

“Com este projeto, transportamos para a contemporaneidade a cultura popular e as vivências da nossa comunidade, às quais associamos as histórias de vida, o convívio, as trocas e partilhas”, explica Brígida Alves, diretora e responsável pela programação cultural do CAESV, sublinhando a importância que os projetos comunitários e o património cultural local têm na programação.

 

A oficina foi orientada pela severense Maria de Lurdes Costa, enfermeira reformada, que regressou às origens. A arte acompanhou-a desde sempre, em especial na animação sócio terapêutica, na área da saúde mental. Agora, com mais tempo livre, voluntariou-se para colocar a sua experiência ao serviço da comunidade, através de projetos como este.

 

O resultado final deste exercício criativo está em exposição no foyer do CAESV. Mais que um conjunto de retalhos, a manta mostra a cumplicidade de um grupo que costurou a beleza da multiplicidade. Enquanto alinhavam o próximo desafio, vale a pena ver de perto esta manta de retalhos.

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